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Viana do Castelo, Portugal
Não sou uma, cem, mil mulheres. Sou especial a minha maneira ~

25 de outubro de 2009

Estou cansada de ver a lágrima cair no rosto que embala a tristeza de um amor perdido, de uma aventura inacabada, de uma mistura de sentimentos, de uma paz roubada.
Nunca nada é para sempre, e mesmo durante realmente muito pouco tempo, tudo tem significado.
Não me digam que remaram contra a maré porque poderia vir um tsunami que o amor verdadeiro jamais se apaga e desfaz. Não me arranjem falsas desculpas para tentar esquecer o impossível. Não me mintam quando sabem que não vale a pena me tentar enganar.

Pensei que gostaria de ser uma criança, que precisa de protecção e é inocente. Mas até a própria cirança percebe o que se passa ao redor. Percebe quando os pais estão chateados, percebe quando falta alguém, percebe quando o sorriso não é verdadeiro e tudo são palavras em vão.

Estou cansada de ver sofrimentos e lágrimas em vão daqueles que têm tudo e mesmo assim ainda querem mais. Para quê tanta ambição ? A felicidade encontra-se nos gestos que muitos consideram insignificantes. Só damos valor a vida quando ela está prestes a perder-se entre nossos pensamentos, frustações e lágrimas de uma tristeza superior a todas as que já tivemos.

Não sou infeliz. Frustrada ? Talvez um pouco. Triste ?

Dou valor a quem me dá valor. Mesmo quando vejo o meu castelo de princesa desmoronar-se a meu lado, eu sei, eu sei que tenho quem me protega.

Não passa tudo de um pesadelo e eu vou acordar daqui por instantes com aqueles que agora destroem as suas vidas e a minha, sem darem por isso.
O vazio no olhar não significa tristeza, significa que o pensamento me leva tudo, e tudo são imagens de um sorriso, de um abraço, de um amor de ilusão.

O nada é o tudo que preenche o vazio, o vazio de um olhar tão evidente.




Odeio o domingo!

22 de outubro de 2009

Quantas vezes eu já pensei que se pensasse menos todos os pensamentos seriam meus.


Vem tirar-me deste cinzento que é a minha vida. Não te peço um arco-iris, peço apenas uma cor que defina o que significa vida. O que é a minha vida ...

Vem tirar-me deste deserto de sentimentos, vem ser o calor das noites vazias, das conversas por ter, das palavras que nunca te disse, dos momentos alguma vez passados. Vem dizer que sentes a minha falta, vem pedir perdão. Vem encarar os teus erros, vem e sê aquele que nunca conseguiste ser.

Ou então não venhas. Simplesmente larga tudo. Dá graças á teimosia, louva os caprichos, venera a tua solidão ! Fica preso no cinzento nublado, no inferno gelado que tornas-te a tua vida. Fica preso onde mereces! Não voltarei atrás, não preciso disso. Sou aquilo que sonhavas ser, sou o que amas mas que invejas, sou a contradição da tua vida. Fica. Não implorarei o regresso, nem tão pouco me importo. Eu continuarei a deixar as minhas pegadas. Mesmo não sendo por muitos caminhos, mesmo não sendo com a felicidade que desejaria, mesmo assim, eu deixarei marcadas as minhas pegadas. Pegadas de coragem, de força, de carisma, de atitude, de força, de amor, de ternura, de carinho, de força ! Pegadas de quem sofreu e sofre. Pegadas de quem sempre saboreou o sabor amargo de uma vida frustrada.

Mas deixa-te ficar por aí, não quero a tua compaixão, quero apenas o mínimo respeito.


Talvez ninguém saiba, mas quantas vezes eu já pensei que se pensasse menos todos os pensamentos seriam meus.



À minha MÃE, maior orgulho de vida !

5 de outubro de 2009

Apaguei tudo de mim que te pertencia, já nada me resta teu. Por momentos soube o que é estar livre de espírito, soube o que é não ter apertos no coração, soube o que é não tremer por te ver. Por momentos fui eu: livre, só e feliz.


Apaguei tudo de mim que te pertencia, já nada me resta teu. Mas ainda estremeço, ainda te desejo apaixonadamente, ainda preciso de teu abraço, ainda te quero (!) quando sinto o arrepio de um sopro de coração que sussurra saudade.


Apaguei tudo, tudo mesmo. Ou pelo menos... tentei !