Cheguei lá, foste a primeira pessoa que vi. Quando entrei foste a primeira pessoa que vi. Quando fui buscar de beber foste a primeira pessoa que vi. Quando comecei a dançar estavas a cerca de dois metros de mim.
Eu sei que me viste, eu sei que olhas-te várias vezes para mim, eu senti que tinhas vontade de vir ter comigo. Mas como és tão orgulhoso e como consegues ser tão frio ao desviar o teu olhar sempre que se cruza com o meu, com tamanho desprezo. Senti-me tão pequena naquele vazio de sentimento, tive vontade de correr, não dali, mas para ti. Dizer-te o quanto és especial e sempre foste e como sabes bem disso, porque sempre assim foi, sempre assim fomos. Não fui corajosa o suficiente. Quando cheguei a casa e me deitei, fiz aquilo que já queria fazer há várias horas, há vários dias. Por entre uma e outra lágrima eu (re)vivi cada momento, cada sorriso, cada palavra. Eu desejei ter o passado de volta.
Chorei até adormecer. Quando acordei, olhei o telemóvel a espera de uma sms, mas de nada adiantou. Levantei-me a pensar que seria hoje um dia melhor e seria capaz de ultrapassar esta (desesperada e angustiante) fase. Fui ter com a minha mãe ao quarto dela.
Quando lá cheguei, ela estava a cantar a música que cantavas de cada vez que me vinhas trazer a casa.
Será destino ou castigo ? Será tormenta ou coincidência ? Seja o que for, perdi sem merecer. Perdi sem mesmo perceber porquê. Perdi e não está fácil dar a volta ao resultado. Perdi, não sei se um amigo ou um grande amigo, não sei, é tudo tão ... estranho.
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Acho que neste momento o melhor é deixar a poeira assentar. Custa muito. Mas , todas as fases têm o seu fim. Se não, não seriam fases, não é?
ResponderEliminarVá, muita força nesse caminho.
Beijnhos.